por Valdir José Cruz ---------
Elogie-o no início da semana por não ter ido na manifestação golpista do último domingo. E apontei as vantagens do seu gesto.
Quando se imaginava que o governador atingira a maturidade nesta divisão do País entre extremistas de direita e esquerda, ei-lo que ressurge reacionário e esquálido de inteligência.
Sua nota de apoio ao condenado Bolsonaro parece ter saído da cabeça vazia de algum assessor sem afinidade com os livros e ideias
Ratinho Júnior começa dizendo que o Brasil precisa ser pacificado. A seguir, prega o ódio e a divisão, dizendo que as instituições devem agir pautadas pelo estado democrático e de direito.
Governador do céu, o senhor está insinuando que o STF agiu fora das regras democráticas e o ex-presidente condenado, que queria matar 270 num atentado no aeroporto de Brasília e mais o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o presidente do STF, Alexandre de Moraes, estavam certos?
Isto é destilar ódio, é dividir ainda mais o Brasil. O senhor vai para a história por essa argumentação raivosa, fétida, pequena. O senhor defende o golpista criminoso e joga a população contra quem fez justiça.
E o seu besteirol continua: "O povo não pode ficar refém de dogmas...". O que é isso? Não tem um advogado ou jornalista inteligente ao seu lado? O senhor está chamando a nossa Constituição de dogma? Sinceramente...
Não terminou a nota ainda. Continue com o nariz fechado. Ratinho Junior do alto da sua sapiência democrática, acrescenta que "a população não está feliz com a perseguição ao ex-presidente...".
Perseguição? O senhor está chamando a Justiça de perseguição? Seria o mesmo que o PCC dizer que os seus são perseguidos todas as vezes que são condenado.
O senhor está pregando a guerra e não a paz. Aqueles gritos de seus, de um passado não tão distante, de que bandidos bons são bandidos mortes não vale para um genocida, ladrão de joias e golpista?
Espero do senhor a consciência dos homens de bem e que reveja seus pontos de vista. O seu apoio ao Bolsonaro foi desastroso.
