O POVO LEGÍTIMO À SUA TERRA RETORNA.
por Izzat A-Rushq, membro do gabinete político do Hamas -----------
Aquela travessia épica do povo palestino, de todas as gerações, do sul da Faixa de Gaza ao norte, e sua incapacidade de esperar horas até que os preparativos para a travessia fossem concluídos com mais segurança, não é uma cena comum.
O povo de Gaza optou por retornar imediatamente e sem demora. Esse comportamento coletivo é, em si mesmo, um ato de resistência cujo significado é claro como o sol: Não à Nakba depois da Nakba de 1948. Como palestinos, temos um caminho e um futuro em uma direção: o retorno. Hoje, de volta às nossas cidades de onde o exército sionista de extermínio nos deslocou na Faixa de Gaza, e amanhã, de volta às nossas cidades e vilas de onde as gangues sionistas nos deslocou pela primeira vez. Este é o caminho.
Hoje, o povo palestino realizou o retorno às cidades da Faixa de Gaza, como um passo no caminho do Grande Retorno, provando que é a resistência em sua origem e fundamento, o iniciador do trabalho de resistência e o guardião das constantes. Foram eles que produziram os combatentes; nasceram do ventre de mulheres livres, e o povo os acolheu, permaneceu firme com elas e os fortaleceu. O povo suportou e perseverou diante das dificuldades da guerra. O povo abriu caminho para os combatentes quando apenas as armas falavam, e quando o som das armas diminuiu, o povo resistente deu um passo à frente para ter a palavra final.
A insistência do povo de Gaza no rápido retorno aos restos de suas casas é uma expressão flagrante de adesão ao direito — o direito de atravessar quando os sionistas queriam impedi-lo e o direito de caminhar de uma ponta à outra da Faixa de Gaza. É a adesão inata ao direito e o rastejar inato de volta ao local de nascimento.
A cena palestina não é mais composta de pinturas penduradas nos restos das paredes, como "O Camelo dos Fardos", mas uma realidade vivida, uma história sendo escrita, viabilidade contínua e um futuro cuja criação começou sob o olhar atento de Deus.