Projeto de Lei sobre facções abre brecha a intervenção dos EUA



(Foto: ABR | Divulgação )

Breno Altman alerta que projeto sobre facções abre brecha a intervenção dos EUA

Jornalista diz que proposta de equiparar organizações criminosas a terroristas ameaça movimentos sociais e soberania brasileira



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Breno Altman alerta que projeto sobre facções abre brecha a intervenção dos EUA

Jornalista diz que proposta de equiparar organizações criminosas a terroristas ameaça movimentos sociais e soberania brasileira

Breno Altman alerta que projeto sobre facções abre brecha a intervenção dos EUA
Breno Altman alerta que projeto sobre facções abre brecha a intervenção dos EUA (Foto: ABR | Divulgação )
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247 - O jornalista Breno Altman alertou, neste sábado, para o que considera uma ameaça política e jurídica embutida no projeto de lei que pretende equiparar facções criminosas a organizações terroristas. Em publicação na rede X (antigo Twitter), Altman afirmou: “Se o governo e a esquerda não se moverem com todas as suas forças, aliança de direita poderá aprovar lei definindo facções criminosas como ‘terroristas’. Essa medida abre espaço para intervenção dos EUA, além do risco de colocar movimentos sociais no mesmo balaio do narcotráfico.”

A manifestação repercutiu nas redes sociais e reacendeu o debate sobre o endurecimento da Lei Antiterrorismo (13.260/2016), cuja alteração é proposta pelo deputado Danilo Forte (União-CE). O projeto, que tramita em regime de urgência, amplia a definição de terrorismo para incluir milícias e facções criminosas, como o PCC e o Comando Vermelho, entre os alvos da nova redação.

A proposta surge em um contexto de recrudescimento do discurso punitivista, especialmente após a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou dezenas de mortos e provocou críticas de organizações de direitos humanos. A ação tinha como alvo o Comando Vermelho — uma das facções que, caso a proposta seja aprovada, passará a ser enquadrada na lei antiterrorismo.

Hoje, a legislação define terrorismo como atos motivados por razões ideológicas, religiosas ou políticas, o que, segundo críticos, poderia ser ampliado de modo a incluir movimentos sociais ou manifestações populares sob a nova redação.