ppr René Ruschel ----------------
Uma nova operação da Polícia Federal, desta vez na 13ª Vara Federal de Curitiba, realizada nesta quarta-feira, 3, autorizada pelo ministro Dias Toffoli, reacende a possibilidade de que o senador Sérgio Moro, União Brasil, volte ao centro de um turbilhão judicial.
A diligência, motivada pelas acusações do empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia, desmonta a versão de que a era Lava Jato estaria definitivamente encerrada.
Ao contrário, as sombras do passado começam a se mover novamente e o ex-juiz pode enfrentar processos que jamais imaginou. As denúncias de Garcia são gravíssimas.
Ele afirma ter sido coagido por Moro, ainda em 2004, no caso Banestado, a atuar como agente infiltrado e gravar ilegalmente autoridades com foro privilegiado, incluindo ministros do STJ e o então governador do Paraná.
“As provas são irrefutáveis”, afirma ele. São documentos, áudios e vídeos de alto teor comprometedores, incluindo a já célebre “Festa da Cueca” realizada na suíte presidencial de um hotel de luxo em Curitiba, com a presença de desembargadores e prostitutas de alto luxo.
Trata-se de uma acusação que, se confirmada, atinge o coração da legalidade processual e expõe uma prática de diligências clandestinas movidas por interesses políticos.
A autorização dada por Toffoli para acessar o acervo completo da 13ª Vara pode abrir um capítulo inédito sobre os métodos do ex-juiz. Moro transformou o juízo de Curitiba em trampolim político.
Usou a visibilidade da Lava Jato, hoje marcada por abusos, nulidades e suspeições reconhecidas, para interferir no processo eleitoral de 2018, contribuindo decisivamente para a eleição do ex-capitão, hoje réu preso na Polícia Federal, em Brasília.
Como prêmio, foi recompensado com o Ministério da Justiça, fechando um ciclo que evidenciou o quanto o combate à corrupção serviu a projetos pessoais de poder.
A Lava Jato ruiu, mas seus escombros guardam segredos. Fantasmas ainda transitam pelos corredores da 13ª Vara.
A nova apuração pode revelar um lado ainda mais obscuro da operação e do papel desempenhado pelo ex-juiz.
O que emerge agora é a possibilidade real de responsabilização. A narrativa do herói anticorrupção se desfaz diante de indícios de manipulação, ilegalidades e ambições políticas travestidas de moralidade pública.
O passado pode finalmente cobrar sua fatura e ela promete ser alta.
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