Sergio Moro sempre apostou no relógio para se livrar das consequências de seus atos, mas a Polícia Federal acaba de apresentar um conceito jurídico que é o pesadelo de qualquer réu: crime continuado. Documentos apreendidos recentemente nas gavetas da 13ª Vara Federal de Curitiba reforçam que as escutas ilegais não foram fatos isolados no passado, mas parte de uma engrenagem contínua.
O senador tentou, em um ato de desespero, atacar a imprensa (especificamente a jornalista Daniela Lima) dizendo que a denúncia era "notícia velha" de 2023. Mentira de perna curta. A reportagem do UOL esclarece: o que é novo — e explosivo — é a prova material. As transcrições dos grampos ilegais contra desembargadores e políticos com foro privilegiado estavam guardadas fisicamente na Vara onde ele atuava e só foram apreendidas agora.
A gravidade é absoluta. Moro alegava que "o áudio não foi utilizado" , mas os papéis encontrados provam que ele exigia gravações de autoridades superiores, burlando a competência do STJ.
Quando o juiz se torna o "araponga" e esconde as provas na própria gaveta, não há prescrição que lave a honra. A tese da PF é clara: a lei vale para todos, inclusive para quem achava que era a própria lei.
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Fonte: Redação Brasil 247.
