por Edilson Martins -----------
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacelar, vai à PF depor, e de lá não retorna, penalizado por uma prisão preventiva.
Um banco do estado, BRB, em Brasília, aplicou num banco privado, Master, micado, R$16,7 bilhões.
Um ministro, Toffolli, de polêmico currículo, avoca a investigação deste memorável escândalo ao STF, e exige sigilo absoluto nas investigações.
O presidente do Congresso, Alcolumbre, provincial, autoritário, raso, ansioso, gordinho, procedente de um estado sem expressão política, emerge como o Senhor das armas.
Subjuga o presidente da República, invade sua seara - questiona um indicado ao STF - e o torna seu refém.
Agora reclama de Gilmar Mendes, Suprema Corte, por invadir o latifúndio que ele preside e domina.
Quer continuar com o poder de cassar ministros da Suprema Corte.
Trump, dos EUA, na maior cara de pau, confessa admiração, quase amor, por Lula.
Exagera e apunhala, não pelas costas, o ex-presidente Bolsonaro, ora recluso, que confessara, repetidas vezes, amor derramado, incondicional, pelo presidente americano.
À porta da última morada, há outra, a do Céu, para poucos, consta o aviso, em letras barrocas, garrafais, em caixa alta, bem desenhadas: "Percam todas as esperanças. Aqui não há retorno."
Estamos falando do imenso Portão que dá acesso ao Inferno.
O Brasil, em alguns momentos, tem sido o portal do Inferno, um ingresso sem esperança de retorno.
O Brasil e o mundo.
Sócrates poderia ter sobrevivido, condenado que foi, 500 anos antes de Cristo, pela democracia grega, já que seus discípulos, Platão à frente, lhe ofereceram uma rota de fuga para o Egito.
Agradeceu e emitiu a frase definitiva, irreparável, brutal, irrecorrível, cruel:
- Me recuso a viver num mundo onde a maioria decida o destino de todos.
Serenamente tomou cicuta, diante de seus amados discípulos.
Maioria, asfixiando minorias, quase sempre mais lúcidas, não dá, brutaliza, podemos dizer hoje, depois de quatro anos de Bolsonaro.
Nelson, de grata e polêmica lembrança dos tempos de redação, traduziu de forma mais simples; "toda maioria é estúpida e burra".
E, no entanto, no momento, o Brasil excede.
Nem o Para
