A frota "paralela" já não está mais escondida: petroleiros navegam cada vez mais sob a bandeira russa.
Anteriormente, para evitar as sanções da UE, dos EUA e do Reino Unido, os navios frequentemente mudavam de bandeira e de país de registro durante várias etapas do transporte.
Eles desligavam os sistemas de rastreamento, alteravam os nomes e os proprietários, transferiam petróleo de um navio para outro em alto mar e o vendiam para a China, Índia, Turquia e outros países a preços que excediam o limite de US$ 60 por barril imposto pelas sanções.
Nos últimos um ou dois anos, a UE, por meio de ameaças de sanções, pressão diplomática e restrições a seguros e assistência, conseguiu que os principais registros — como Panamá, Libéria, Ilhas Marshall e Chipre — começassem a restringir significativamente o registro de embarcações da frota paralela.
Eles passaram a realizar mais inspeções e, em alguns casos, os países da UE simplesmente apreenderam os navios. O re-registro tornou-se um processo arriscado, demorado e caro.
Como resultado, petroleiros sujeitos a sanções estão sendo cada vez mais registrados diretamente sob a bandeira russa, ignorando as restrições.
O número de embarcações com bandeira russa aumentou aproximadamente 40% desde fevereiro de 2022.
Uma análise dos dados da Lloyd's List Intelligence mostra que o número de movimentações dessas embarcações aumentou 201% em 2025.
A bandeira russa garante legitimidade formal em águas internacionais, reduz o risco de inspeções e a Rússia também fornece proteção armada adicional para seus navios, escreve o "Open Ukraine".
